sexta-feira, 5 de abril de 2013

UM TECIDO QUE SE ELABORA






A comunidade é como um tecido que se elabora, um tecido do qual não sei o que aparecerá, mas, que se tece ao nosso redor, pouco a pouco, sem modelo, sem desenho complicado.
Neste tecido eu posso ser o fio, um traço colorido... Azul profundo?
Vermelho vivo? Ou então um fio de linha cinzento.
Esta última cor,dizem os tecelões, é a mais importante. O cinza neutro de
Todos os dias, aquele que dá vida e ele é portador de harmonia.
Ter, apenas a minha própria cor e disto me regozijar, para que ela irradie
Alegria e não rivalidade, como se eu, sendo azul, fosse inimigo do verde...
Como se eu mesmo fosse teu adversário.
E os que não querem entrar conosco na tecelagem?
Irei precedê-los, oferecer-lhes o lugar, para que eles venham livremente,
Com suas próprias cores, misturar-se ao desenho!
Há sempre um lugar para todos.  E cada fio vem trazer uma continuidade:
Não só aqueles que deram origem ao trabalho e que foram estendidos de
Uma trave a outra do tear.
Cada fio, mesmo sendo o mais luminoso, pode desaparecer entre os que
Compõem o tecido. Entretanto, ele aí está bem aberto, ainda que nossos
Olhos não mais o percebam.
Agora, é a vez do meu fio ser lançado, no tecido.
Quando a sua presença se tornar invisível, então toda harmonia aparecerá,
Harmonia de minha cor misturada a todas as outras, suas companheiras, até que ela desaparecerá.
Não sei o que advirá dessa tecelagem.
Será que chegarei a sabê-lo?

 (...)

       PISTAS PARA REFLEXÃO
1.Estou disposto a fazer parte deste tecido?
2.Pretendo ser um fio que dar brilho ou que ofusca o tecido?
3.Quais as consequências daqueles que não aceitam entrar na grande tecelagem da vida?
4. Como fazer para tornar importante todos os fios do tecido do nosso tecido daqui em diante?

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