terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Sugestões de filmes sobre Bullying: uma proposta pedagógica



1-Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial

'Como Estrelas na Terra' conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. Este filme fala sobre o modo como a arte e a educação são importantes ferramentas de estímulo ao desenvolvimento de uma pessoa quando aplicadas intencionalmente para a sua felicidade, independente do problema ou desvio que tiver.

2-Um Grande Garoto
Will Freeman (Hugh Grant) é um homem na faixa dos trinta anos metido a galã que inventa ter um filho apenas para poder ir às reuniões de pais solteiros, onde tem a oportunidade de conhecer mães também solteiras. Will sempre segue a mesma tática: vive com elas um rápido romance e quando elas começam a falar em compromisso ele acaba o namoro. Até que, em um de seus relacionamentos, Will conhece o jovem Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 12 anos que é completamente o seu oposto e tem muitos problemas em casa e na escola. Com o tempo Will e Marcus se envolvem cada vez mais, aprendendo que um pode ensinar muito ao outro.

3-Bang Bang Você Morreu

Jovens podem ser mais cruéis que todos. Naturalmente cruéis.” As Palavras de Trevor Adams, que já foi estudante exemplar, refletem suas experiências no colégio. Ele era vítima de tão traumatizante perseguição que ameaçou destruir o time de futebol da escola. Mas a salvação veio através do Sr. Duncan (Tom Cavanagh, astro da série de TV “Ed”), o professor de teatro, que ofereceu a Trevor o papel principal de sua peça, ao lado da bela Jenny Dahlquist. O Professor e a garota tentam ajudá-lo a manter-se na linha. Mas há um risco: o sombrio enredo sobre assassinos em um playground, combinado com o passado problemático de Trevor, faz com que os pais tentem vetar a peça. Se eles conseguirem é possível que a voz de Trevor jamais seja ouvida e isso pode detonar uma bomba-relógio humana.

4-Mary e Max – Uma Amizade Diferente

Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette), uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz (voz de Philip Seymour Hoffman), um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e dois continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais.

5-Elefante

O filme narra o ataque que dois estudantes fizeram a uma escola secundária do Oregon, matando dezenas de alunos, com um arsenal de armas automáticas. A questão do bullying é tratada como um detalhe pequeno, mas está lá. concentra-se no ato final, de vingança fria e desapaixonada. O título refere-se à facilidade de ignorar um 'elefante' simbólico na sala, apesar do seu tamanho, mas que está sempre prestes a se mover. 

6-Evil, Raízes do Mal

Um rapaz atormentado de 16 anos, tratado com violência pelo padastro, também trata seus colegas de escola com violência e acaba expulso da escola pública. é mandado a uma prestigiada escola privada, onde sabe que terá uma última oportunidade de regeneração. lá chegando tem que se confrontar com os códigos e humilhações dos estudantes veteranos, arriscando sua expulsão ou submetendo-se. um olhar diferente, neste filme sueco, que chegou a ser indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 2004.

7-Bully

Nick Stahl - excelente - é o riquinho valentão, que vive abusando fisicamente dos colegas. até que seu melhor amigo - o já falecido Brad Renfro - decide vingar-se dele junto com a namorada, atraindo-o para o pântano e espancando-o até a morte. alguns dos garotos tentam tomar o lugar dele, enquanto a comunidade se divide entre condenar e reconhecer que ele teve o que merecia. o diretor Larry Clark especializou-se em retratar o ócio e a banalidade da violência na juventude americana. um filme chocante.

8- Deixe Ela Entrar

Um garoto frágil de 12 anos é constantemente abusado pelos colegas e sonha com uma vingança. quando ele conhece sua vizinha, uma vampira que aparenta ter a sua idade, com quem irá envolver-se e que vai defendê-la dos ataques.

9-Entre os Muros da Escola

(França 2008 - Palma de Ouro em Cannes, este drama mostra bem o choque de culturas que se formou na França, a partir dos conflitos entre alunos e também um professor bem intencionado. brilhante)



10-Pro Dia Nascer Feliz

Documentário que mostra diferentes realidades de estudantes de classes sociais distintas de três estados do Brasil. um filme bem feito e oportuno sobre o tema.

11-Sempre Amigos

Maxwell Kane (Elden Henson) é um garoto de 14 anos que tem dificuldades de aprendizado e vive com seus avós desde que testemunhou o assassinato de sua mãe, morta pelo marido. Quando Kevin Dillon (Kieran Culkin), um garoto que sofre de uma doença que o impede de se locomover, se muda para a vizinhança eles logo se tornam grandes amigos. Juntos vivem grandes aventuras, enfrentando o preconceito das pessoas à sua volta.

12-O Galinho Chicken Little
Na cidade de Oakey Oaks, Chicken Little toca o sinal do colégio e manda que todos "corram por suas vidas"!. Toda a cidade fica em pânico. Por fim, todos se acalmam para perguntar ao galinho o que há de errado. Ele sofre Bullying na Escola.

13- Sonho de Gelo

Ela é diferente e ser diferente é um tema comum em filmes da Disney sobre bullying. Ela aprende a tratar os amigos, se divertir e viver para o momento. Apesar do desejo de ser uma patinadora famosa, Casey Carlyle não passa de uma garota inteligente e de poucos amigos, com uma mãe obcecada pela ideia de ver sua filha em uma grande universidade. Mas quando ela usa sua cabeça e segue seu coração, de repente se vê transformada como nunca sonhou.

O PLANO CARTESIANO E OS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA



Ø  JOGO MATEMÁTICO

O PLANO CARTESIANO E OS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA
         O plano cartesiano é feito através da junção de dois eixos, perpendiculares entre si que se cruzam no ponto 0, o qual é a origem de ambos os eixos. O eixo horizontal é chamado de eixo das abscissas ou x. O eixo vertical é chamado de eixo das ordenadas ou y. Os eixos são divididos em quatro ângulos retos chamados quadrantes enumerados no sentido anti-horário. Cada ponto do plano cartesiano é identificado por um par de números chamados de coordenadas (x e y). Para obter um ponto P, basta traçar as perpendiculares ao eixo x e y.
Os quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo constituem as quatro grandes portas do templo, ou do inconsciente humano. Tudo que existe neste mundo só existe pela combinação, pelo arranjo destes elementos básicos. O corpo humano é um exemplo vivo disto: a TERRA é representada pela ossatura, pelos músculos, em fim por toda a massa física de que é feito nosso corpo. A ÀGUA se vê representada em todos os nossos humores, incluindo aí o sangue e a linfa. À semelhança do planeta, dois terços do organismo humano é água. O AR vital para todos é o elemento da respiração e o que nos liga a todo o resto do universo. O FOGO presente na digestão é quem transforma o alimento que ingerimos em ação e movimento.
 CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADOS:
- O Plano Cartesiano e seus componentes;
- Conceito de Par Ordenado;
- Inserção e localização de pontos no plano;
- Correlação do Plano Cartesiano com os quatro elementos da natureza.


Ø  OBJETIVO:

A partir de um conjunto de pares ordenados pré-definidos proceder a sua inserção no Plano Cartesiano, correlacionando com aspectos inerentes aos quatro elementos da natureza.

Ø  SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA ATIVIDADE:

              O jogo pode ser realizado com dois participantes. Inicialmente são providenciados 16 papéis para sorteio com letras de A a Q, correspondentes aos pares ordenados constantes no Plano Cartesiano e aos elementos naturais, segundo a coloração.
             Descrição de uma rodada: Cada participante retira um papel e localiza no Plano Cartesiano o ponto correspondente ao par. Depois, verifica a cor correspondente ao elemento natural da região atingida, marca no Plano e anota os pontos e, seguindo, retira uma carta correspondente à cor sorteada e lê a mensagem contida na carta. A cada retirada, o professor pode comentar o conteúdo lido pelo aluno.
            Ganha o jogo quem fizer o maior número de pontos após a retirada de todos os papéis. Podem ser realizadas até oito rodadas e o professor pode modificar as frases temáticas apresentadas nas cartas correspondentes a cada elemento natural.
Sugestão de frases que podem ser trabalhadas para cada elemento natural. O professor poderá confeccionar cartas separadas por frase ou então confeccionar um painel onde todas as mensagens estejam escritas.

Ø  RECURSOS DIDÁTICOS:

Cartolina, pincel atômico, papel, quadro branco e pincel.
Ø  HABILIDADES TRABALHADAS:
·  Entender e ampliar fundamentos e conceitos;
·  Desenvolver a criatividade e a responsabilidade;
·  Saber conviver em grupo respeitando as identidades e as diferenças;
·  Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, comunicação e informação;
·  Inter-relacionar pensamentos, ideias e conceitos;
·  Adquirir, organizar, avaliar e transmitir informações.
·  Companheirismo, respeito e ajuda mútua.

Ø  RESULTADOS ESPERADOS.

Ao final do trabalho espera-se que os alunos compreendam o conceito do Plano Cartesiano e seus componentes, a inserção e marcação de pontos no Plano e evoluam para a construção de gráficos de funções. Ao mesmo tempo, por meio das cores dos quatro elementos da natureza representados no Plano Cartesiano possam conhecer informações sobre o meio ambiente.
Referência Bibliográfica:
DANTE. Luiz Roberto. Tudo é matemática. Ensino Fundamental. São Paulo. Ática. 2005

A guerra e o meio ambiente




Maurício Andrés Ribeiro - Autor dos livros "Ecologizar, pensando o ambiente humano" e "Tesouros da Índia para a Civilização Sustentável".

As atividades humanas produzem impactos ambientais sobre o ar, a água de superfície ou subterrânea, o solo, o subsolo, a paisagem natural, o ambiente construído, o ambiente sócio-econômico e cultural. Causam impactos no ambiente a ação produtiva por meio da indústria, da mineração ou da agricultura; a ação individual ou coletiva, pública e privada e a ação militar.
Para muitas das atividades humanas, a consciência ecológica ajudou a criar práticas de redução ou de minimização desses impactos negativos. Leis foram aprovadas e instituições, estruturadas. Criaram-se procedimentos e ferramentas como a avaliação de riscos ambientais e o licenciamento ambiental, que contribuem para prevenir, reduzir ou mitigar tais efeitos ambientais negativos. Entretanto, esses cuidados ainda não foram estendidos à atividade humana potencialmente mais degradante e devastadora do ambiente: a atividade da guerra. Dentre todas, essa é a que tem o maior possibilidade de gerar consequências negativas e sofrimento para as pessoas e para o meio ambiente. "De uma maneira geral genocídio e ecocídio são gêmeos", observa Ignacy Sachs.
O alto impacto ambiental negativo das guerras encontra-se presente em todo o ciclo de vida dos conflitos armados: da extração das matérias primas para a indústria de armamentos, passando pelo uso e aplicação desses equipamentos, até a sua disposição final, constituída pelos resíduos atômicos, químicos e bacteriológicos. Isso sem falar nas consequências funestas dos atos de terrorismo ou nos impactos do uso de armas biológicas nas guerras convencionais como na possível propagação intencional do botulismo, da varíola e do antraz ou no desmatamento ocasionado pelo napalm e outras armas de guerra. O urânio usado nas balas contamina o ambiente com radioatividade e dissemina o câncer e outras doenças. A contaminação dos rios e a perda de potencial de uso do solo pela disseminação das minas terrestres, que mutilam pessoas e animais, ou o uso da bomba de nêutrons - a chamada "bomba capitalista", porque destrói a população mas preserva o patrimônio material - , são outros exemplos da destrutividade e do potencial de devastação e contaminação ambientais causados pelas atividades bélicas.
Além disso, ao lado do consumismo, o belicismo está na raiz da pressão sobre os recursos naturais, transformados pelo complexo acadêmico-industrial-militar em artefatos bélicos de alto potencial destrutivo.
As guerras globais se desatualizaram. Proliferam hoje guerras de menor escala, regionais, guerras civis nacionais, atos de terrorismo como forma extrema de questionamento do poder político organizado, conflitos interindividuais e psicológicos. O emprego da força e da violência tem, ainda, custos psicológicos e subjetivos importantes e nem sempre considerados, retardando ou prejudicando o desenvolvimento do ser humano integral devido ao ódio, aos ressentimentos e mágoas que provocam e multiplicam.
Assim, já é chegado o momento de que os princípios, métodos e instrumentos utilizados para mitigar ou neutralizar os impactos negativos das demais atividades humanas tenham sua aplicação estendida à atividade da guerra. Procedimentos como as avaliações de impacto ambiental e o licenciamento ambiental deveriam ser mandatórios e objeto de pactos internacionais obrigatórios, visando ao bem da humanidade, sempre que esteja em jogo a possibilidade de iniciar-se uma ação bélica potencialmente degradadora ou poluidora do ambiente. Isso ajudaria a desenvolver a consciência global a respeito das conseqüências desse tipo de ação, com a cuidadosa avaliação prévia dos seus impactos. O licenciamento ambiental das guerras deveria contemplar, entre outros, os impactos bióticos, antrópicos e físicos desses eventos e, somente depois de detalhada e cuidadosa avaliação de riscos, elas deveriam ser matéria de discussão nacional e internacional. A aplicação rigorosa dos procedimentos de avaliação prévia de impactos ambientais às atividades bélicas poderia levar, no limite, à sua inviabilização, seja pelo exorbitante aumento de seus custos, que incluiriam os necessários recursos para recuperação da degradação que viessem a causar, seja pela consequente ampliação do tempo para a busca de consenso em torno a sua necessidade e para seu eventual preparo. Nessa fase, inclusive, poderiam e deveriam ser colocadas em prática todas as maneiras e técnicas diplomáticas e de mediação e resolução não-violenta de conflitos, com vistas a evitar os embates bélicos.
As ideias aqui expostas contêm, certamente, um forte conteúdo utópico, considerando-se o momento histórico presente. Mas merecem ser consideradas, posto que todas as guerras constituem um fator destrutivo para o ambiente e para o ser humano. As guerras só serão abolidas quando se tornarem psicologicamente intoleráveis, da mesma forma como a abolição dos escravos, que somente veio a acontecer quando a escravidão tornou-se socialmente intolerável, além de economicamente desejável, já que a libertação dos escravos traria impacto altamente positivo para o mercado consumidor.
Na fase atual da evolução humana, a ética social costuma seguir os valores mercantilistas e capitalistas. A civilização ocidental norte-americana e européia, de raízes judaico-cristãs, foi central no processo cultural do século XX, mantendo interações fortes com praticamente todas as demais civilizações modernas. Tais interações, entretanto, têm sido mais conflituosas do que cooperativas, em decorrência da história de colonização, imperialismo e dominação, que procurou garantir o acesso e apropriação de bens necessários para abastecer essa civilização com recursos naturais provenientes de todo o planeta e demandados para alimentar padrões de consumo e estilos de vida que se mostram insustentáveis e que dependem de grande quantidade de bens materiais. Atualmente, a crescente pressão sobre os recursos naturais como a água, a flora e fauna, o solo, as florestas e especialmente o petróleo, base da matriz energética da civilização contemporânea, potencializa também o risco de conflitos e de propagação da violência entre as sociedades e grupos sociais.
Nesse contexto, o próprio poder de degradação ambiental das guerras poderá tornar-se um fator adicional que acabará por levar à sua abolição, como forma de resolver conflitos, num estágio mais avançado de evolução da espécie humana.
1 - Tal processo histórico levou à presente situação, na qual 22% da população do planeta consomem 80% dos recursos, 75% da energia e 60% dos combustíveis fósseis, 80% dos metais brutos e 75% do papel e emitem 90% dos resíduos perigosos; há 158 indivíduos bilionários, 2 milhões de milionários e no outro extremo, 1,1 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha de miséria, com menos de 1 dólar por dia. Ver Athayde, Eduardo, in Ricos x pobres: visão ambiental integrada, in EM Ecologia, 16.11.2001.

Pesquisa e montagem de uma linha histórica sobre a devastação do planeta no tempo causado por guerras ; isto é, desde quando a humanidade começou a devastar o planeta e desde quando este processo foi acelerado. Através de pesquisas, fotografias, entrevistas.