quarta-feira, 8 de maio de 2019

10 dinâmicas para começar as aulas AJA (alfabetização de Jovens e Adultos)_



Com certeza todos os alunos esperam algo envolvente e dinâmico na primeira aula. Já pensou no que você vai fazer? Existe inúmeras maneiras de começar uma boa aula inaugural. Resolvi colocar aqui apenas 10 sugestões, que poderão dar um toque especial ao seu primeiro dia. Provoque impacto. surpreenda seus alunos. Eles vão se amarrar em você. Lembre-se, tudo é mudável e pode ser adaptado a realidade da sua turma( idade) e escola( urbana, rural) O que vale mesmo é a sua criatividade e como irá conduzir este momento. Boa Sorte e Boa Aula .

1- Nomes nos crachás. Prepare antecipadamente crachás ( na quantidade de alunos da turma) distribua-os e peça que os alunos escrevam seus nomes nos mesmos. Recolha, misture-os e redistribua novamente. A dinâmica começa com um aluno colocando o crachá em alguém que ele suponha ter esse nome. No final, os alunos levantarão e confirmarão o nome colocado. Uma boa dica : Pedir para o aluno falar o significado ou motivo do seu nome.

2- Frase no cartão. Cada aluno ganha um cartão ( Você pode comprar ou confeccionar, ou até mesmo usar um pedaço de papel) . Escreve uma característica ( Física, intelectual, etc. Nada de chacotas ou outra que venha denigri a imagem do colega) de um colega nele. Recolha e redistribua. O primeiro levanta ( se quiser) lê o que está escrito e os demais tentam descobrir quem é.

3- Perguntas e respostas com brindes. ( Chocolates, etc) Faz um Quiz. elabore perguntas direcionadas( da matéria ou gerais). Organize-as por número. O aluno escolhe um número, o professor lê, caso o aluno responda certo ganha o brinde, caso erre, ganha outra coisa surpresa ( bala, etc)

4- Batucada da alegria. O professor pode utilizar um pandeiro, tambor ( caso não tenha , use uma lata, coco, etc). Enquanto toca, deixa passar algo por entre as mãos do aluno (uma caneta, etc) no momento em que parar o batuque, o aluno que estiver com o objeto na mão, fala seu nome , idade e diz o que o deixa mais alegre.

5- Motivacional. Sonhos e desafios. Com recursos tecnológicos (Data Show, Multimídia, Retroprojetor, Tv, Dvd, etc. O professor escolhe um bom vídeo ( se possível curto. até 15 minutos) apresenta na sala, depois distribui papéis para que os mesmos anotem os sonhos que querem realizar durante o ano letivo. ao final, faz uma roda e cada um expõe o que escreveu( se quiser)

6-Meu Super Herói. Com brilho e dinamismo o professor fala sobre diversos tipos de heróis que existem no mundo ( imaginário ou não) . Depois pergunta para os alunos: Que herói você gostaria de ser? Em seguida eles poderão desenhar ou escrever o nome do seu herói favorito. Direcione para as características positivas e leve-os a pensar o que ele tem em comum.

7-Caça ao tesouro. Divida a sala em 2 ou 3 ( ou no pátio ) Faça antecipadamente pistas de um caça ao tesouro ( Prêmio, balas, chocolates, etc) . Ao final converse sobre o trabalho em equipe e como isso servirá para o desempenho das atividades durante o ano.

8- Passando a bola.( ao ar livre, se possível). Com o grupo formado em círculo, o professor fala uma frase( ânimo, incentivo, etc) para alguém e joga a bola para o mesmo. A dinâmica continua até o último aluno participar. Refletir sobre as frases de incentivo faladas.

9- Auto - Retrato. Escrito ou Desenhado. Dê as boas-vindas ao aluno e se apresente de forma escrita ou desenhada. Peça aos alunos que procurem fazer o mesmo. Seja sucinto e objetivo(nome, idade, sonhos, gosto, etc. Ao término , os alunos apresentarão a atividade. Valorize a autoestima

10- Quebra Cabeça. Monte ou compre Quebra-Cabeças diferentes( com a mesma quantidade de peças) Divida a sala e grupos. Observe o entrosamento, comportamento, soluções e dicas. É possível conhecer um pouco dos alunos nesse primeiro dia de aula. Ao final Reúna o grupo e discuta : quais estratégias eles utilizaram, como foi o envolvimento dos participantes, que dificuldades apareceram, aproveite a ocasião e defina suas metas e objetivos para a sua matéria.



 
Referencias:


Dinâmicas  Para   EJA
Quanto tempo eu tenho

Objetivo: Provocar a saída de si mesmo (desinibição) e conhecimento do outro.

Material: Som com música alegre, caixa de fósforos, um cartaz ou fichas - nomes, de onde é, de que mais gosta, uma alegria, uma tristeza etc. (Pode-se criar outras conforme o objetivo proposto).

Desenvolvimento:

1. Todos, em círculo, o facilitador distribui um palito de fósforo, não usado. As fichas devem estar em lugar visível (pode ser no centro do círculo).

2. Pedir a um participante que risque o fósforo. Enquanto o fósforo estiver aceso, vai se apresentando, falando de si.
3. Cuidar para que ele fale só o tempo em que o fósforo estiver aceso. Caso alguém não consiga, o facilitador, poderá usá-lo para que os outros façam perguntas (pessoais) como numa entrevista.
4. Outra variante é fazer com que os participantes conversem em dupla e depois utilizem o fósforo para falar o que conhece do companheiro.
5. Usar a dinâmica para perguntar: que significa amizade ou ainda, para revisar qualquer disciplina.
Discussão: Conseguimos expressar os pontos mais importantes na nossa apresentação? Como me senti? É fácil falar de nós mesmos? O que significa um fósforo aceso? (marcando tempo) O que significa o fogo? (iluminando).
Resultado esperado: Ter feito uma reflexão sobre o tempo que estamos na terra e o que podemos ser para os outros. A maneira como eu utilizo o fósforo é a nossa própria vida. Analisar todas as situações que aparecem durante a dinâmica.

Fonte: Ronildo Rocha, Catolé do Rocha, PB.

A construção coletiva do rosto

Objetivos: Fazer com que os membros do grupo sintam-se à vontade uns com os outros.

Aplicação:

a) Orientar os participantes para sentarem em círculo;
b) O assessor distribui para cada participante uma folha de papel sulfite e um giz de cera;
c) Em seguida orienta para desenhar o seguinte:
- uma sombrancelha somente;
- passar a folha de papel para as pessoas da direita e pegar a folha da esquerda;
- passar novamente;
- desenhar um olho;
- passar novamente;
- desenhar o outro olho;
- passar a direita e... completar todo o rosto com cada pessoa colocando uma parte (boca, nariz, queixo, orelhas, cabelos).
d) Quando terminar o rosto pedir à pessoa para contemplar o desenho;
e) Orientar para dar personalidade ao desenho final colocando nele seus traços pessoais;
f) Pedir ao grupo para dizer que sentimentos vieram em mente.
Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola. Editora Mercado de Letras.

Caça ao tesouro
Objetivo: ajudar as pessoas a memorizarem os nomes umas das outras, desinibir, facilitar a identificação entre pessoas parecidas.
Para quantas pessoas: cerca de 20 pessoas. Se for um grupo maior, é interessante aumentar o número de questões propostas.
Material necessário: uma folha com o questionário e um lápis ou caneta para cada um.
Descrição da dinâmica: o coordenador explica aos participantes que agora se inicia um momento em que todos terão a grande chance de se conhecerem.
A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se encaixe em cada item e pedir a ela que assine o nome na lacuna.

1. Alguém com a mesma cor de olhos que os seus;
2. Alguém que viva numa casa sem fumantes;
3. Alguém que já tenha morado em outra cidade;
4. Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras;
5. Alguém que use óculos;
6. Alguém que esteja com uma camiseta da mesma cor que a sua;
7. Alguém que goste de verde-abacate;
8. Alguém que tenha a mesma idade que você;
9. Alguém que esteja de meias azuis;
10. Alguém que tenha um animal de estimação (qual?).

Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformular estas, dependendo do tipo e do tamanho do grupo.

Somos nós que fazemos a vida

1) Coloque uma música de fundo e peça que as pessoas circulem pelo espaço onde estão e, em silêncio, pensem nas coisas que ameaçam as suas vidas (violência, doenças, trânsito etc.);
2) Peça para que continuem caminhando e falando, em voz alta, como se sentem frente a essas ameaças;3) Pare a música e peça às pessoas que expressem com o corpo esses seus sentimentos. E permaneçam assim, paralisados, como se fossem estátuas, expressando seus sentimentos de medo, cansaço, tristeza, decepção, raiva, indiferença, pavor frente ao que lhes ameaça a vida;
4) Depois de alguns minutos, convide a repetirem a frase: Somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder, ou quiser;
5) Convide as pessoas a tomarem uma atitude: a permanecerem assim paralisadas ou a deixarem de ser estátuas, a se sacudirem, e a dizerem bem alto os seus desejos para a vida, o que buscam na vida: paz, dignidade, alegria, amor etc;
6) Todos voltam a fazer um minuto de silêncio para assumirem um compromisso em favor da vida, para si e para os outros, enquanto ouvem baixinho a música O que, o que é?;
7) Aumente o volume e convide a todos para cantarem com entusiasmo;
8) Finalize com um momento de partilha sobre os sentimentos que trazemos conosco em relação à vida e como eles influenciam as nossas atitudes, deixando-nos paralisados ou mobilizados na defesa da vida.
Mural da paz

     Este é um trabalho para ser mantido em exposição. Assim, outras pessoas terão a oportunidade de receber essa mensagem de paz. Este mural não inspira solidariedade apenas em quem trabalha nele, mas em qualquer um que esteja disposto a construir um mundo melhor. Uma opção que gera a inclusão é convidar grafiteiros da comunidade para fazer o mural da paz nas paredes da escola!

Material necessário:
• Folhas de papel grande para forrar a parede;
• Tinta e outros materiais que se deseje utilizar na montagem;
• Cola ou fita adesiva.
Desenvolvimento:
• O grupo faz um painel de papel para desenhar ou prepara uma parede para ser pintada.
• Tudo o que se tem a fazer é representar, cada um a seu jeito, o que entende por Cultura de Paz. É aconselhável colocar, no local que vai ser pintado, os seis pontos do Manifesto/2000: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, redescobrir a solidariedade, preservar o planeta e ouvir para compreender.
• Cada participante começa trabalhando num pedaço do mural e, depois, todos podem interagir e completar os desenhos feitos por todos. Ao final, cada um pode completar o desenho com uma frase sobre o que acha necessário fazer para atingir a paz.
• Outro ponto importante desta atividade é o próprio resultado. Como as pessoas enxergam a questão da paz? Quais foram os elementos que mais apareceram? O que falta na nossa vida pessoal e coletiva para atingir essa paz?
Fonte: Paz, como se faz?, de Lia Diskin e Laura Gorresio Roizman
Um mergulho no meu ser
Esta dinâmica é uma proposta de auto-avaliação e conhecimento do potencial criativo que cada um possui. Concentração do grupo e preparação anterior são necessárias.
Material necessário:
Almofadas, espelhos (quantidade suficiente para todos), toca-cd, CDs com música instrumental.
Local: Sala ampla, tendo no lugar de cada participante um espelhinho.
Desenvolvimento:
- O(a) coordenador(a) convida cada participante a olhar no espelho, perguntando-se: “quem sou?”.
- Para isso, coloca-se um fundo musical e estipula-se um tempo para reflexão.
- Sabendo quem é você, responda: “quanto valho?”.
- Depois de breve espaço para interiorização, todos são convidados a conversar com o espelho, falando alto, murmurando: Quais são as minhas qualidades? Em que posso contribuir mais para o grupo e para a sociedade?
- De acordo com a música, cada um vai se virando, formando pequenos grupos (tudo com muita ordem para não perder a concentração).
- Colocar os espelhos no chão, arrumando-os defronte de si e continuar murmurando o que estava dizendo antes.
- Com tranquilidade, ir formando um grande círculo, tendo no centro os espelhos.
- Abraçados, caminhar em círculo olhando-se e olhando os outros nos espelhos, aprendendo a ver além...
- Agora é a hora da expressão! Quem quiser, pode dizer o que sentiu ou pensou.

Dinâmica publicada junto ao artigo "O pensar criativo" na edição nº 379, jornal Mundo Jovem, agosto de 2007, página 20.

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