10 dinâmicas para começar as aulas AJA (alfabetização de Jovens e Adultos)_
Com
certeza todos os alunos esperam algo envolvente e dinâmico na primeira aula. Já
pensou no que você vai fazer? Existe inúmeras maneiras de começar uma boa aula
inaugural. Resolvi colocar aqui apenas 10 sugestões, que poderão dar um toque
especial ao seu primeiro dia. Provoque impacto. surpreenda seus alunos. Eles
vão se amarrar em você. Lembre-se, tudo é mudável e pode ser adaptado a
realidade da sua turma( idade) e escola( urbana, rural) O que vale mesmo é a
sua criatividade e como irá conduzir este momento. Boa Sorte e Boa Aula .
1- Nomes
nos crachás. Prepare antecipadamente crachás ( na quantidade de alunos da
turma) distribua-os e peça que os alunos escrevam seus nomes nos mesmos.
Recolha, misture-os e redistribua novamente. A dinâmica começa com um aluno
colocando o crachá em alguém que ele suponha ter esse nome. No final, os alunos
levantarão e confirmarão o nome colocado. Uma boa dica : Pedir para o aluno
falar o significado ou motivo do seu nome.
2- Frase
no cartão. Cada aluno ganha um cartão ( Você pode comprar ou confeccionar, ou
até mesmo usar um pedaço de papel) . Escreve uma característica ( Física,
intelectual, etc. Nada de chacotas ou outra que venha denigri a imagem do
colega) de um colega nele. Recolha e redistribua. O primeiro levanta ( se
quiser) lê o que está escrito e os demais tentam descobrir quem é.
3-
Perguntas e respostas com brindes. ( Chocolates, etc) Faz um Quiz. elabore
perguntas direcionadas( da matéria ou gerais). Organize-as por número. O aluno
escolhe um número, o professor lê, caso o aluno responda certo ganha o brinde,
caso erre, ganha outra coisa surpresa ( bala, etc)
4-
Batucada da alegria. O professor pode utilizar um pandeiro, tambor ( caso não
tenha , use uma lata, coco, etc). Enquanto toca, deixa passar algo por entre as
mãos do aluno (uma caneta, etc) no momento em que parar o batuque, o aluno que
estiver com o objeto na mão, fala seu nome , idade e diz o que o deixa mais
alegre.
5-
Motivacional. Sonhos e desafios. Com recursos tecnológicos (Data Show,
Multimídia, Retroprojetor, Tv, Dvd, etc. O professor escolhe um bom vídeo ( se
possível curto. até 15 minutos) apresenta na sala, depois distribui papéis para
que os mesmos anotem os sonhos que querem realizar durante o ano letivo. ao
final, faz uma roda e cada um expõe o que escreveu( se quiser)
6-Meu
Super Herói. Com brilho e dinamismo o professor fala sobre diversos tipos de
heróis que existem no mundo ( imaginário ou não) . Depois pergunta para os
alunos: Que herói você gostaria de ser? Em seguida eles poderão desenhar ou
escrever o nome do seu herói favorito. Direcione para as características
positivas e leve-os a pensar o que ele tem em comum.
7-Caça ao
tesouro. Divida a sala em 2 ou 3 ( ou no pátio ) Faça antecipadamente pistas de
um caça ao tesouro ( Prêmio, balas, chocolates, etc) . Ao final converse sobre
o trabalho em equipe e como isso servirá para o desempenho das atividades
durante o ano.
8-
Passando a bola.( ao ar livre, se possível). Com o grupo formado em círculo, o
professor fala uma frase( ânimo, incentivo, etc) para alguém e joga a bola para
o mesmo. A dinâmica continua até o último aluno participar. Refletir sobre as
frases de incentivo faladas.
9- Auto -
Retrato. Escrito ou Desenhado. Dê as boas-vindas ao aluno e se apresente de
forma escrita ou desenhada. Peça aos alunos que procurem fazer o mesmo. Seja sucinto
e objetivo(nome, idade, sonhos, gosto, etc. Ao término , os alunos apresentarão
a atividade. Valorize a autoestima
10-
Quebra Cabeça. Monte ou compre Quebra-Cabeças diferentes( com a mesma
quantidade de peças) Divida a sala e grupos. Observe o entrosamento,
comportamento, soluções e dicas. É possível conhecer um pouco dos alunos nesse
primeiro dia de aula. Ao final Reúna o grupo e discuta : quais estratégias eles
utilizaram, como foi o envolvimento dos participantes, que dificuldades
apareceram, aproveite a ocasião e defina suas metas e objetivos para a sua
matéria.
Referencias:
Dinâmicas Para
EJA
Quanto
tempo eu tenho
Objetivo: Provocar a saída de si mesmo (desinibição) e
conhecimento do outro.
Material: Som com música alegre, caixa de fósforos, um
cartaz ou fichas - nomes, de onde é, de que mais gosta, uma alegria, uma
tristeza etc. (Pode-se criar outras conforme o objetivo proposto).
Desenvolvimento:
1. Todos, em círculo, o facilitador distribui um palito de
fósforo, não usado. As fichas devem estar em lugar visível (pode ser no centro
do círculo).
2. Pedir a um participante que risque o fósforo. Enquanto o
fósforo estiver aceso, vai se apresentando, falando de si.
3. Cuidar para que ele fale só o tempo em que o fósforo
estiver aceso. Caso alguém não consiga, o facilitador, poderá usá-lo para que
os outros façam perguntas (pessoais) como numa entrevista.
4. Outra variante é fazer com
que os participantes conversem em dupla e depois utilizem o fósforo para falar
o que conhece do companheiro.
5. Usar a dinâmica para
perguntar: que significa amizade ou ainda, para revisar qualquer disciplina.
Discussão: Conseguimos
expressar os pontos mais importantes na nossa apresentação? Como me senti? É
fácil falar de nós mesmos? O que significa um fósforo aceso? (marcando tempo) O
que significa o fogo? (iluminando).
Resultado esperado: Ter feito
uma reflexão sobre o tempo que estamos na terra e o que podemos ser para os
outros. A maneira como eu utilizo o fósforo é a nossa própria vida. Analisar
todas as situações que aparecem durante a dinâmica.
Fonte: Ronildo Rocha, Catolé do Rocha, PB.
A
construção coletiva do rosto
Objetivos: Fazer com que os membros do grupo sintam-se à
vontade uns com os outros.
Aplicação:
a) Orientar os participantes para sentarem em círculo;
b) O assessor distribui para cada participante uma folha de
papel sulfite e um giz de cera;
c) Em seguida orienta para desenhar o seguinte:
- uma sombrancelha somente;
- passar a folha de papel para as pessoas da direita e
pegar a folha da esquerda;
- passar novamente;
- desenhar um olho;
- passar novamente;
- desenhar o outro olho;
- passar a direita e... completar todo o rosto com cada
pessoa colocando uma parte (boca, nariz, queixo, orelhas, cabelos).
d) Quando terminar o rosto pedir à pessoa para contemplar o
desenho;
e) Orientar para dar personalidade ao desenho final
colocando nele seus traços pessoais;
f) Pedir ao grupo para dizer que sentimentos vieram em
mente.
Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do
sentimento na escola. Editora Mercado de Letras.
Caça
ao tesouro
Objetivo: ajudar as pessoas a memorizarem os nomes umas das
outras, desinibir, facilitar a identificação entre pessoas parecidas.
Para quantas pessoas: cerca de 20 pessoas. Se for um grupo
maior, é interessante aumentar o número de questões propostas.
Material necessário: uma folha com o questionário e um lápis
ou caneta para cada um.
Descrição da dinâmica: o coordenador explica aos
participantes que agora se inicia um momento em que todos terão a grande chance
de se conhecerem.
A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma
pessoa que se encaixe em cada item e pedir a ela que assine o nome na lacuna.
1. Alguém com a mesma cor de olhos que os seus;
2. Alguém que viva numa casa sem fumantes;
3. Alguém que já tenha morado em outra cidade;
4. Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras;
5. Alguém que use óculos;
6. Alguém que esteja com uma camiseta da mesma cor que a
sua;
7. Alguém que goste de verde-abacate;
8. Alguém que tenha a mesma idade que você;
9. Alguém que esteja de meias azuis;
10. Alguém que tenha um animal de estimação (qual?).
Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformular
estas, dependendo do tipo e do tamanho do grupo.
Somos
nós que fazemos a vida
1) Coloque uma música de fundo
e peça que as pessoas circulem pelo espaço onde estão e, em silêncio, pensem
nas coisas que ameaçam as suas vidas (violência, doenças, trânsito etc.);
2) Peça para que continuem
caminhando e falando, em voz alta, como se sentem frente a essas ameaças;3)
Pare a música e peça às pessoas que expressem com o corpo esses seus
sentimentos. E permaneçam assim, paralisados, como se fossem estátuas,
expressando seus sentimentos de medo, cansaço, tristeza, decepção, raiva,
indiferença, pavor frente ao que lhes ameaça a vida;
4) Depois de alguns minutos,
convide a repetirem a frase: Somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder,
ou quiser;
5) Convide as pessoas a
tomarem uma atitude: a permanecerem assim paralisadas ou a deixarem de ser
estátuas, a se sacudirem, e a dizerem bem alto os seus desejos para a vida, o
que buscam na vida: paz, dignidade, alegria, amor etc;
6) Todos voltam a fazer um
minuto de silêncio para assumirem um compromisso em favor da vida, para si e
para os outros, enquanto ouvem baixinho a música O que, o que é?;
7) Aumente o volume e convide
a todos para cantarem com entusiasmo;
8) Finalize com um momento de
partilha sobre os sentimentos que trazemos conosco em relação à vida e como
eles influenciam as nossas atitudes, deixando-nos paralisados ou mobilizados na
defesa da vida.
Mural da paz
Este é um trabalho para ser mantido em
exposição. Assim, outras pessoas terão a oportunidade de receber essa mensagem
de paz. Este mural não inspira solidariedade apenas em quem trabalha nele, mas
em qualquer um que esteja disposto a construir um mundo melhor. Uma opção que
gera a inclusão é convidar grafiteiros da comunidade para fazer o mural da paz
nas paredes da escola!
Material necessário:
• Folhas de papel grande para
forrar a parede;
• Tinta e outros materiais que
se deseje utilizar na montagem;
• Cola ou fita adesiva.
Desenvolvimento:
• O grupo faz um painel de
papel para desenhar ou prepara uma parede para ser pintada.
• Tudo o que se tem a fazer é
representar, cada um a seu jeito, o que entende por Cultura de Paz. É
aconselhável colocar, no local que vai ser pintado, os seis pontos do
Manifesto/2000: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso,
redescobrir a solidariedade, preservar o planeta e ouvir para compreender.
• Cada participante começa
trabalhando num pedaço do mural e, depois, todos podem interagir e completar os
desenhos feitos por todos. Ao final, cada um pode completar o desenho com uma
frase sobre o que acha necessário fazer para atingir a paz.
• Outro ponto importante desta
atividade é o próprio resultado. Como as pessoas enxergam a questão da paz?
Quais foram os elementos que mais apareceram? O que falta na nossa vida pessoal
e coletiva para atingir essa paz?
Fonte: Paz, como se faz?, de
Lia Diskin e Laura Gorresio Roizman
Um mergulho no meu ser
Esta dinâmica é uma proposta
de auto-avaliação e conhecimento do potencial criativo que cada um possui.
Concentração do grupo e preparação anterior são necessárias.
Material necessário:
Almofadas, espelhos
(quantidade suficiente para todos), toca-cd, CDs com música instrumental.
Local: Sala ampla, tendo no
lugar de cada participante um espelhinho.
Desenvolvimento:
- O(a) coordenador(a) convida
cada participante a olhar no espelho, perguntando-se: “quem sou?”.
- Para isso, coloca-se um
fundo musical e estipula-se um tempo para reflexão.
- Sabendo quem é você,
responda: “quanto valho?”.
- Depois de breve espaço para
interiorização, todos são convidados a conversar com o espelho, falando alto,
murmurando: Quais são as minhas qualidades? Em que posso contribuir mais para o
grupo e para a sociedade?
- De acordo com a música, cada
um vai se virando, formando pequenos grupos (tudo com muita ordem para não
perder a concentração).
- Colocar os espelhos no chão,
arrumando-os defronte de si e continuar murmurando o que estava dizendo antes.
- Com tranquilidade, ir
formando um grande círculo, tendo no centro os espelhos.
- Abraçados, caminhar em
círculo olhando-se e olhando os outros nos espelhos, aprendendo a ver além...
- Agora é a hora da expressão!
Quem quiser, pode dizer o que sentiu ou pensou.
Dinâmica publicada junto ao
artigo "O pensar criativo" na edição nº 379, jornal Mundo Jovem,
agosto de 2007, página 20.
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