TEMA: GUERRA E CONSEQUÊNCIAS PARA O MEIO AMBIENTE
1. DISCIPLINA: HISTORIA( 2013)
Na televisão nestas ultimas
semanas só falam da possibilidade da Córeia do Norte entrar em guerra, vocês já
pensaram nas consequências de uma guerra para o meio ambiente?
TEMA:
GUERRA E CONSEQUÊNCIAS PARA O MEIO AMBIENTE
A
guerra e o meio ambiente
Reprodução
As atividades humanas produzem impactos
ambientais em todos os aspectos, principalmente no ambiente
sócio-econômico-cultural. Em muitas atividades, a consciência ecológica ajudou
a criar práticas de redução desses choques negativos. Leis foram aprovadas e
instituições estruturadas. Criaram-se procedimentos e ferramentas como a
avaliação de riscos e licenciamento ambiental, que contribuem para prevenir,
reduzir ou acabar com tais destruições. Entretanto, esses cuidados ainda não
foram estendidos à atividade humana potencialmente mais degradante e poluidora
do ambiente.
Dentre todas as atividades humanas, a guerra
é a que tem maior possibilidade de gerar consequências negativas e sofrimento
para as pessoas e ao meio ambiente.
O alto impacto ambiental das guerras
encontra-se presente em todo o ciclo de vida dos conflitos armados: da extração
das matérias-primas à indústria de armamentos, passando pelo uso e aplicação
desses últimos, até a sua disposição final, constituída pelos resíduos
atômicos, químicos e bacteriológicos. Isso sem falar nas consequências tristes
dos atos terroristas ou do uso de armas biológicas nas guerras convencionais.
Como exemplo, a possível propagação intencional do botulismo, da varíola e do
antraz e também o desmatamento ocasionado pelo napalm e outras armas de guerra.
O urânio usado nas balas contamina o ambiente
com radioatividade e dissemina doenças como o câncer. A contaminação dos rios e
a perda de potencial do solo pela disseminação das minas terrestres, que
mutilam pessoas e animais, ou o uso da bomba de nêutrons - a chamada
"bomba capitalista" (porque destrói a população mas preserva o
patrimônio material), são outros exemplos do potencial de degradação e
contaminação ambientais causados pelas atividades bélicas.
O emprego da força e da violência têm, ainda,
custos psicológicos e subjetivos importantes e nem sempre considerados,
retardando ou prejudicando o desenvolvimento do ser humano devido ao ódio, aos
ressentimentos e mágoas que provocam e se multiplicam.
Procedimentos como as avaliações de impacto e
licenciamento ambiental deveriam ser objetos de acordos internacionais
obrigatórios, visando o bem da humanidade. Isso ajudaria a desenvolver a
consciência humana a respeito das consequências da guerra.
A aplicação rigorosa dos procedimentos de
avaliação prévia de impactos ambientais às atividades bélicas poderia levar, no
limite, à sua inviabilização. Isso implica o exorbitante aumento de seus
custos, e a extensão do tempo para a busca de consenso em torno da sua
necessidade e seu eventual preparo. Nesta fase, inclusive, poderiam e deveriam
ser colocadas em prática todas as técnicas diplomáticas e de mediação e
resolução não-violenta de conflitos, com vistas a evitar os embates.
Essas podem ser ideias utópicas, mas merecem
ser consideradas, já que todas as guerras constituem um fator destrutivo para o
ambiente e, consequentemente, para o ser humano. As destruições só serão
abolidas quando se tornarem psicologicamente intoleráveis, da mesma forma como
a abolição dos escravos.
Na fase atual da evolução humana, a ética
social costuma seguir os valores mercantilistas e capitalistas. A crescente
pressão sobre os recursos naturais como água, flora e fauna, o solo, as
florestas e especialmente o petróleo (base da matriz energética da civilização
contemporânea), vem potencializando o risco de conflitos e propagando a violência
entre as sociedades e grupos sociais.
Nesse contexto, o
próprio poder de degradação ambiental das guerras poderá tornar-se um fator
adicional que acabará por levar à extinção deste último. Esta será uma forma de
resolver qualquer conflito, mas, acredito, acontecerá em um estágio mais
avançado de evolução humana.
Comentários