Olimpíadas: Origens e transformações ao longo do tempo
Olimpíadas: Origens e
transformações ao longo do tempo
Objetivo(s)
- Compreender
o processo de ressignificação dos Jogos Olímpicos ao longo do tempo,
identificando os fatores que influenciaram as suas mudanças.
- Vivenciar
diferentes formatos de algumas modalidades olímpicas, inferindo os motivos
que possam ter gerado a sua transformação ou exclusão.
- Investigar
os impactos da realização das Olimpíadas nas cidades-sede.
Conteúdo(s)
- Os
diferentes significados atribuídos aos Jogos Olímpicos
- A
transformação do esporte em objeto de consumo
- Regras
e técnicas das corridas (da Antiguidade e atuais)
- Regras
e técnicas do salto em distância (da Antiguidade e atuais)
- Regras
e técnicas do cabo-de-guerra
Ano(s)
6º
7º
8º
9º
Tempo
estimado
10 a 15
aulas
Material
necessário
- Cópias
da reportagem Que Venha o Melhor (VEJA
2417, 18 de março de 2015), disponível no Acervo Digital de VEJA a partir
de 20 de março de 2015.
- Projetor
para a exibição dos clipes da candidatura do Rio de Janeiro às Olimpíadas,
disponíveis aqui e aqui.
- Quadro
ou cartolina para registro de informações.
- Quadro
branco
- Cartolinas,
pincel permanente
- internet
Desenvolvimento
1ª
etapa
Introdução
A reportagem Que
Venha o Melhor trata
da preparação para as Olimpíadas de 2016, sediadas no Rio de Janeiro. Técnicos
extrangeiros experientes se mudaram para o país com o intuito de alavancar as
chances de atletas brasileiros chegarem ao pódio. Introduzi o tema à turma,
comunicando que a origem e a história dos Jogos Olímpicos será o motivo dos
próximos encontros. Para iniciar o debate, informei que iria aferir a
opinião de todos sobre alguns assuntos. Organizei os estudantes em grupos de
quatro ou cinco componentes, solicitando a eles que discutisse e
registrasse por escrito eventuais consensos sobre os seguintes tópicos:
- A
presença de atletas em situações sem qualquer relação com a prática
esportiva como, por exemplo, as novelas, propagandas, política, etc.
- A disseminação
do esporte na sociedade contemporânea.
Após a discussão, solicitei que os alunos
disponibilizasse os seus registros. Verifiquei o que foi consenso entre
os grupos e procurei sintetizar os posicionamentos deles em folhas de cartolina
fixadas na parede e na própria lousa.
2ª
etapa
Organizei a socialização dos resultados da
atividade, pedindo que cada grupo destacasse um integrante para comentar
o que foi discutido. É importante que durante esse momento sejam evidenciados
os aspectos a seguir:
- A
relação que o evento já estabeleceu com o cultivo das virtudes (na Grécia
Antiga).
- O
congraçamento entre os Estados-nação que surgiu ao longo do século 19 (nas
primeiras edições dos jogos na Era Moderna).
- O
uso das Olimpíadas como palco de disputas políticas (1936, 1972, 1980 e
1984).
- Sua
transformação em evento midiático voltado para a geração de lucros
(espera-se que isso seja constatado nas duas últimas edições).
Sistematize esses destaques no quadro negro e, em
seguida, retorne aos registros do primeiro momento para situar os significados
que o próprio grupo atribui ao esporte.
3ª
etapa
Relacionei no quadro-negro e em uma cartolina
fixada em local visível quais são os programas esportivos televisivos que os
alunos conhecem. Estimulei o posicionamento em voz alta sobre o formato desses
programas e o seu conteúdo. Sobre o que falam? Quem fala? Como são organizadas
as matérias? Quais imagens são apresentadas? Quais recursos são empregados para
convencer os espectadores de uma determinada visão?
É razoável que alguns tiveram dificuldades para manifestar-se sobre o assunto. Com pequenas modificações nas questões, a mesma atividade pode ser realizada com os cadernos esportivos presentes em muitos jornais impressos. Finalizada essa etapa, conversei com a classe sobre alguns dos recursos utilizados pela mídia para estimular o consumo do esporte: a repetição, o aval de especialistas, a propaganda da própria programação esportiva, a informação didática, o vocabulário facilitado, a apresentação da informação esportiva como verdade, a espetacularização do evento esportivo, a valorização da estética e a construção de mitos e heróis. Exibir os clipes utilizados durante a campanha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, exemplificando como os significados atribuídos ao esporte podem ser manipulados intencionalmente.
É razoável que alguns tiveram dificuldades para manifestar-se sobre o assunto. Com pequenas modificações nas questões, a mesma atividade pode ser realizada com os cadernos esportivos presentes em muitos jornais impressos. Finalizada essa etapa, conversei com a classe sobre alguns dos recursos utilizados pela mídia para estimular o consumo do esporte: a repetição, o aval de especialistas, a propaganda da própria programação esportiva, a informação didática, o vocabulário facilitado, a apresentação da informação esportiva como verdade, a espetacularização do evento esportivo, a valorização da estética e a construção de mitos e heróis. Exibir os clipes utilizados durante a campanha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, exemplificando como os significados atribuídos ao esporte podem ser manipulados intencionalmente.
4ª
etapa
Uma vez evidenciadas as diferenças de caráter entre
as edições das Olimpiadas, anunciei que agora é o momento de constatar a
diversidade das práticas esportivas.
Pesquisei o formato das corridas e do salto em
distância nos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Organizei algumas atividades com
as devidas adaptações, como por exemplo, a utilização de duas garrafas
plásticas de refrigerante de 500 ml cheias de água no lugar dos pesos. Também
com as devidas adaptações, organizei vivências mais próximas aos atuais
formatos dessas provas. Pedi aos alunos para estabelecerem comparações e, o
mais importante, justificar as transformações que essas modalidades
experimentaram.
Igualmente precedidas por uma pesquisa sobre as regras e o formato, organizei vivências do cabo de guerra, destacando que a prática fez parte dos jogos entre 1900 e 1920. Anunciei também que a luta greco-romana, presente desde 1896, será excluída em 2020. Enquanto isso, o golf e o rugby retornarão à disputa a partir de 2016. Já o kitesurf fará sua estreia em 2016.
Igualmente precedidas por uma pesquisa sobre as regras e o formato, organizei vivências do cabo de guerra, destacando que a prática fez parte dos jogos entre 1900 e 1920. Anunciei também que a luta greco-romana, presente desde 1896, será excluída em 2020. Enquanto isso, o golf e o rugby retornarão à disputa a partir de 2016. Já o kitesurf fará sua estreia em 2016.
5ª
etapa
Os debates realizados nas etapas anteriores
provavelmente contribuiro para despertar curiosidade dos estudantes sobre os
critérios usados para incluir ou excluir uma prática do evento. Procurei mapear
a opinião deles sobre o tema. Em seguida, apresentei os critérios ultimamente
empregados pelo Comitê Olímpico Internacional (a prática em larga escala e a
existência de federações internacionais que acompanhem as determinações da
entidade olímpica) e exiba o outro clipe da candidatura do Rio de
Janeiro aos Jogos Olímpicos de 2016. O confronto dessas informações fez
com que todos perceberam que a cultura esportiva da cidade-sede não influencia
na inclusão ou exclusão de um determinado esporte, assim como é pouco
influenciada pela ocorrência do evento. Por outro lado, ela pode ser destacada
como uma qualidade desejável da cidade-sede.
Avaliação
Avaliação será contínua, identificando avanços e
dificuldades. O desempenho dos alunos durante a aula, realização de trabalhos
de pesquisa extra classes.
Prova Escrita: 4,0
Pesquisa;1,5
Socialização:1,5
Aprofundamento teórico: ,5
Relatório: 1,5
Créditos:
Marcos
Garcia Neira
Professor
de Metodologia do Ensino de Educação Física da Universidade de São Paulo e
coordenador do Grupo de Pesquisas em Educação Física
Adaptado
por Eliomar Machado
COMPARTILHAR
Comentários