Consciência Negra
Consciência
Negra
Autor Érica Alves da Silva
Objetivos
1) Reconhecer a historicidade da comemoração do Dia
Nacional da Consciência Negra, ou melhor, a percepção desta data como
resultante de intensa atividade do movimento negro no Brasil;
2) Desenvolver atividades que visem ao debate sobre
os preconceitos que ainda são presentes na sociedade brasileira e à busca de
algumas de suas raízes históricas.
Comentário introdutório
A partir de 9 de janeiro de 2003, o governo de Luiz
Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui a obrigatoriedade da inclusão
do ensino da História da África e da cultura afro-brasileira nos currículos de
estabelecimentos públicos e particulares de ensino da educação básica. A
decisão ocorreu diante da necessidade de debates sobre a pluralidade cultural
que caracteriza o Brasil e de reflexões sobre o papel do negro na formação da
cultura brasileira.
Além de aspectos educacionais, a lei n°10. 639
acrescenta que o dia 20 de novembro deve ser inserido no calendário escolar
como Dia Nacional da Consciência Negra.
Esses aspectos são fundamentais no debate se é
esperado que os alunos reconheçam a importância dos diferentes agentes na
história do país: entre eles, os africanos e os afro-descendentes.
Estratégias
1) Inicialmente, discuta com os alunos se eles
acham necessária uma comemoração como a do Dia Nacional da Consciência Negra.
Crie situações polêmicas para que você possa sentir como os alunos tratam essa
questão, se têm ou não opinião formada ou se simplesmente desconheciam a existência
da data.
2) Agora explique ao grupo o sentido da comemoração
àqueles que lutaram para que fosse incluída no calendário cívico nacional.
Apresente as razões para a adoção desta data e a "negação" do 13 de
maio.
3) Para que a aula adquira ainda mais sentido aos
alunos, faça uma breve explanação sobre a figura de Zumbi dos Palmares e a
simbologia dele para o movimento negro no país.
Atividades
1) Os alunos podem utilizar a lei 10.639, que
institui a obrigatoriedade da inclusão do ensino de História da África e da
cultura afro-descendente como documento. Eles devem analisar a data em que foi
criada, com qual objetivo etc.
2) Depois do estudo desta lei, é preciso refletir
sobre a adequação ou não dela ao contexto histórico do debate, ou seja, no
cotidiano dos alunos. Para isso, o professor pode levar para a turma diferentes
reportagens ou notícias relacionadas à temática, preferencialmente com
abordagens bastante diferenciadas, ou melhor, com posicionamentos distantes, em
relação a política de cotas para negros na universidade, por exemplo.
3) Depois da leitura (em equipes), os alunos devem
colocar-se em relação ao seu material e expor as conclusões. A sala deve
conversar sobre o assunto e nenhuma das interpretações precisa aparecer como
verdade absoluta: todos têm direito a expressar suas opiniões o que,
obviamente, significa não desrespeitar o outro.
Sugestões e dicas
Depois de todo esse trabalho, os alunos podem ter
interesse por assuntos como preconceito, ou mesmo como a escravidão. Fique
atento para que a importância do negro na sociedade brasileira não fique
resumida a estes aspectos. Para isso, basta apresentar alguns importantes
personagens da história nacional dos negros.
Érica Alves da Silva
é historiadora.
é historiadora.
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