Oficinas que constroem a paz
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Se a paz se aprende, então é importante criar
espaços onde os jovens possam vivenciá-la, contrapondo com a agressividade que,
muitas vezes, prevalece nas relações.
Artigo publicado no jornal Mundo Jovem,
edição nº 355, abril de 2005, página 3.
Oficina 1
- Objetivo:
Sensibilizar para a compreensão
de que paz se aprende e se constrói na ação e numa reflexão dialógica
conflitiva.
Atividades
Integração: Técnica do Nome e Predicado: sentados em círculo, cada participante diz o seu nome e um predicado com a letra inicial de seu nome representando algum aspecto de sua personalidade, devendo usar a frase “bom dia, fulano (repete o nome e o predicado do colega ao lado) eu sou...
Integração: Técnica do Nome e Predicado: sentados em círculo, cada participante diz o seu nome e um predicado com a letra inicial de seu nome representando algum aspecto de sua personalidade, devendo usar a frase “bom dia, fulano (repete o nome e o predicado do colega ao lado) eu sou...
Sensibilização: Cada integrante do grupo deverá
responder numa ficha a pergunta “o que é paz?” Divididos em pequenos grupos,
trocarão suas fichas e deverão chegar a um conceito de paz que deverá ser
escrito numa folha e socializado para todos.
Aprofundamento: Leitura de breve texto (justificativa do projeto) no grande grupo. Socialização dos destaques dos participantes e pontualizações do facilitador retomando os diferentes conceitos de paz socializados pelos grupos na sensibilização: “Nunca se falou tanto em ‘paz’ como nos dias de hoje e os motivos para este despertar são conhecidos e vividos diariamente por todos. A violência direta, aquela visível e explorada pela mídia, nunca esteve tão presente como neste início de século. Contudo a violência não é um fenômeno causado por alguns poucos indivíduos que nasceram com o germe para o crime e a marginalidade. Vivemos numa sociedade culturalmente violenta. Colocando a violência como algo cultivado, afirmo, portanto, que a violência não é algo natural, não faz parte da natureza humana e é um instrumento aprendido culturalmente para solucionar conflitos. Assim se aprendemos ao longo da nossa existência a resolver as desavenças através da agressão, direta ou indireta, podemos também aprender novas maneiras de resolução de conflitos. A paz sob esta nova perspectiva nega um caráter de estado de espírito de harmonia passiva, sendo compreendida como movimento, ação, instrumento político em direção a relações de igualdade e justiça.”
Aprofundamento: Leitura de breve texto (justificativa do projeto) no grande grupo. Socialização dos destaques dos participantes e pontualizações do facilitador retomando os diferentes conceitos de paz socializados pelos grupos na sensibilização: “Nunca se falou tanto em ‘paz’ como nos dias de hoje e os motivos para este despertar são conhecidos e vividos diariamente por todos. A violência direta, aquela visível e explorada pela mídia, nunca esteve tão presente como neste início de século. Contudo a violência não é um fenômeno causado por alguns poucos indivíduos que nasceram com o germe para o crime e a marginalidade. Vivemos numa sociedade culturalmente violenta. Colocando a violência como algo cultivado, afirmo, portanto, que a violência não é algo natural, não faz parte da natureza humana e é um instrumento aprendido culturalmente para solucionar conflitos. Assim se aprendemos ao longo da nossa existência a resolver as desavenças através da agressão, direta ou indireta, podemos também aprender novas maneiras de resolução de conflitos. A paz sob esta nova perspectiva nega um caráter de estado de espírito de harmonia passiva, sendo compreendida como movimento, ação, instrumento político em direção a relações de igualdade e justiça.”
Síntese: Os participantes no grande grupo deverão voluntariamente escrever no papelógrafo um acróstico (escrever a frase na vertical e fazer uma frase ou verso com cada uma das letras) com a expressão “cultura da paz” representando o conceito de paz estudado durante a oficina.
Oficina 2
- Objetivo
Reconhecer as diferentes faces da
violência e as suas possíveis causas.
Atividades
Integração: Técnica do Nó Humano: o
grupo forma um círculo e dá as mãos. O facilitador solicita que todos memorizem
a pessoa que está à sua direita. Após a memorização, todos devem andar
livremente pela sala e parar ao sinal do facilitador. Movendo-se o menos
possível, deverão dar a mão direita ao colega que estava à sua direita
anteriormente, formando assim um grande nó humano. O facilitador lançará,
então, o desafio: voltarem ao círculo inicial sem soltar as mãos e de uma
maneira não-violenta. Discussão sobre os sentimentos durante a técnica, a
semelhança deste nó com as relações humanas e as diferentes posturas durante o
desarme do nó.
Sensibilização: Sentados em círculo, cada aluno
deve escrever numa ficha uma situação de violência. As fichas serão misturadas
e redistribuídas entre os participantes. Cada um lerá a ficha do colega e
deverá fazer algum comentário sobre a situação (se é comum, se já aconteceu com
alguém que conhece etc.).
Aprofundamento: No centro do círculo o
facilitador coloca folhas com a descrição de situações de violência direta e
indireta descritas, sendo uma situação em cada folha. Alguns voluntários serão
convidados a separar as situações violentas das não-violentas. Serão
estimulados a discutir sobre as situações até chegarem à conclusão de que todas
representam algum tipo de violência. Pontualizações do facilitador sobre os
diferentes tipos de violência existentes e as suas consequências.
Questionamento para o grupo sobre o tipo de violência que comumente
reconhecemos e é apresentado pela mídia e se somente este é causador de
prejuízos para a humanidade.
Síntese: Em pequenos grupos os
participantes deverão escrever uma breve síntese do que aprenderam durante a
oficina a respeito da violência e da paz, e das formas de se lutar pela paz.
Eveline Maria da Costa -
professora de Filosofia na Rede Municipal de Porto Alegre. Oficineira da ONG
Educadores para a Paz. Endereço eletrônico: evelinda@terra.com.br
Artigo publicado no jornal Mundo
Jovem, edição nº 355, abril de 2005, página 3.
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